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Olha os 14 sambas do Grupo Especial do Rio aí!

  • Foto do escritor: Ney Junior
    Ney Junior
  • 28 de dez. de 2018
  • 2 min de leitura

Atualizado: 19 de abr. de 2023


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Tradicional desde 1968, o álbum traz a campeã mais recente na capa. (Imagem: LIESA / Reprodução)

O disco dos sambas-enredo do Grupo Especial do Rio de Janeiro, lançado no início do mês, traz as 14 trilhas que serão cantadas no carnaval 2019. O formato de gravação segue ao vivo, como de 1993 até 1998 e retomado em 2010. O álbum, disponível nas plataformas digitais, traz obras que se aproximam em três eixos temáticos.



Olha a crítica!


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A verde e rosa mostra a face que o Brasil precisa conhecer de sua história (Imagem: Rodrigo Vilela / Reprodução)

Os enredos críticos retomaram o protagonismo no último carnaval, como era nos anos 80. A Estação Primeira de Mangueira, com Estórias para ninar gente grande, analisa a história brasileira na visão dos excluídos. Vice-campeã em 2018, a Paraíso do Tuiuti satiriza o cenário político brasileiro, com O Salvador da Pátria, caso real onde, em forma de protesto, um bode foi eleito vereador de Fortaleza, em 1922.


A São Clemente reedita E o samba sambou, de sua melhor classificação na história, o sexto lugar em 1990, um alerta para o afastamento entre o carnaval e o povo, já sentido naquela época. O jeitinho mal-educado dos brasileiros é o tema da Grande Rio, afinal “Quem nunca... atire a primeira pedra”. A Unidos da Tijuca, com um samba melódico e poético, veste a fantasia para fazer o bem e clama a multiplicação do pão no combate à fome.



Cultura e afro-brasilidade


Vencedora em 2018, a Beija-Flor canta seus 70 anos de história (Foto: Rodrigo Vilela / Reprodução)
Vencedora em 2018, a Beija-Flor canta suas sete décadas de samba (Foto: Rodrigo Vilela / Reprodução)

A atual campeã, Beija-Flor, canta seus 70 anos através de uma fábula, relembrando seus 14 títulos e grandes carnavais. A Portela, maior vencedora, traz a imortal Clara Nunes como personagem de seu enredo, em uma volta imaginária a Madureira moderníssima. A União da Ilha do Governador atravessa o mar até o Ceará, nas obras de Rachel de Queiroz e José de Alencar.


A Vila Isabel viaja à histórica Petrópolis, inspiradora para seus novos tempos. O tradicional e aguerrido Salgueiro canta para Xangô, orixá da Justiça e padroeiro da escola, abençoar a busca do título que lhe escapa há 10 anos.



Filosofia com ousadia


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O tempo é o tema do samba da Mocidade, que encerrará o desfile do Especial em 2019 (Imagem: Rodrigo Vilela / Reprodução)

A reflexão está nos sambas de Mocidade, Imperatriz, Império Serrano e Viradouro. A verde e branco de Padre Miguel canta o tempo e sua influência na vida humana. De Ramos, o animado samba Me dá um dinheiro aí! traz a história do dinheiro com leveza, mas canta que nem tudo tem preço, mas valor.


Através de histórias infantis, a Viradouro volta ao Grupo Especial e propõe que o jogo da vida vira para quem luta por um final feliz. A verde e branco da Serrinha ousa, como nos grandes momentos de história, ao adaptar o samba O que é? O que é?, do compositor Gonzaguinha em enredo sobre o sentido da vida.

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